A actividade dos vereadores eleitos na oposição será acompanhada no blog Fundao Sempre

30/11/2008

A Verdade dos Números

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A pior performance da região
O Fundão tem a câmara que mais cobra dos munícipes e a que menos lhes dá.
Esta uma primeira constatação dos dados estatísticos idóneos. Sabemos que há diversos métodos e fontes para as estatísticas – e por isso temos o cuidado de citar números da plataforma empresarial mais acreditada junto dos investidores estrangeiros, a única que tem o levantamento município a município e faz o cruzamento técnico dos dados de Censos, INE, MSST, DGCI e IAPMEI, entre outros. É por esses números que os dados reais falam.
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Impostos
O Fundão tem os impostos municipais mais pesados de todo o distrito. O imposto que constitui, de longe, o maior encargo para os cidadãos e a maior receita fiscal do Município – o I.M.I. – foi no nosso concelho fixado em 0,70 para prédios não avaliados e para os prédios avaliados é actualmente de 0,50 (o máximo legalmente permitido para esta taxa). Não há taxa mais elevada em todo a região Cova da Beira / Beira Interior Sul.
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Emprego
O emprego tem esta sombria realidade: a taxa de desemprego no concelho, que em 2001 estava abaixo dos 6% e da média nacional, é actualmente de 7,7% e está acima da média do país. Valha a verdade que em toda a região há um concelho (social-democrata) com mais desempregados – mas nenhum dos restantes ultrapassa a taxa que no Fundão se verifica.
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Qualidade de vida
Pior que tudo são os indicadores da qualidade de vida. O Fundão tem um poder de compra de apenas 71% da média nacional, longe da Covilhã (84%) e de Castelo Branco que chega aos 100%. Mais comparações com as outras cidades do distrito: o Fundão tem o menor índice de população activa (51%), o maior de população envelhecida (25,1), a menor percentagem de facturação em indústria, tal como do emprego no sector de serviços.
E o mais triste é que em todo o conjunto Cova da Beira / Beira Interior Sul o Fundão é o concelho com mais baixo índice de pavilhões desportivos, piscinas e bibliotecas, sendo a cidade com menor percentagem de população que atinge o ensino secundário e o pós-secundário. Apesar do mais faustoso orçamento para o pelouro da cultura…
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Gestão para resultados
Sabemos que aquilo que conta não são as aparências que decorrem da propaganda – são os resultados que decorrem do trabalho feito. Resultados no dia-a-dia dos cidadãos, em casa e na vida de cada cidadão.
Em tempo de crise a gestão precisa de inteligência – e sobretudo de trabalho, a tempo inteiro, com horas extraordinárias e de mangas arregaçadas.
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António Leal Salvado