A actividade dos vereadores eleitos na oposição será acompanhada no blog Fundao Sempre

23/03/2009

A luta dos feirantes foi finalmente vitoriosa.
Após cinco anos de luta, o Mercado Semanal regressou “a casa”. Às portas de Abril, os comerciantes estiveram em festa esta segunda-feira.
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O poder instalado no Município, depois de cinco anos de indiferença pela sorte do comércio fundanense, capitulou e cedeu à reinstalação do Mercado Semanal no lugar de onde nunca devia ter saído, no lugar que a História e a vontade dos fundanenses lhe destinou como próprio.
Tudo começou com o esbulho do espaço público pelos negociantes de estacionamento-pago. Foram subtraídas todas as parcelas de espaço público possíveis e impossíveis de proibir ao estacionamento, para melhor forçar os fundanenses a pagarem na área subterrânea do negócio dos parquímetros. Mas o embelezamento Kitch e novo-rico da área do silo-auto (para cujas obras o Mercado foi sacudido do seu espaço próprio) não foi suficiente para forçar os fundanenses a utilizarem o famigerado silo usurpado. E agora os negociadores dos parquímetros caíram às suas próprias mãos: para tentarem ainda rentabilizar o odioso negócio viram-se na conveniência de atrair os cidadãos às proximidades do silo.
É claro que o ano eleitoral – e a onda de esperança na breve expulsão dos interesses inimigos do Fundão – ajudaram muito a fazer vergar uma arrogância que se supunha mestra da propaganda e que não tem tido outra solução do que recuar.
Mas a vitória dos fundanenses (dos feirantes e do comércio que beneficia da proximidade do mercado à segunda-feira) tem ainda mais significado por isso mesmo. Agora que se aproxima o acto de sufrágio popular nas urnas, ficou bem claro que a vontade da população prevalece sempre. Ficou bem claro que aqueles que usam a coisa pública, como se fossem donos dela, só pela vontade popular têm o poder – e quando desesperam agarrados ao poder não têm outro remédio do que esquecer a sua própria arrogância e obedecerem à vontade da população.
Passaram cinco anos de imposição de disparates e fantasias que roçaram a idiotia (como a patética barraca gigante, propagandeada como uma “inovação técnica de referência” e mais tarde abandonada “de pantufas”, depois de ser evidente a infantilidade do embuste…
Perderam-se cinco anos de comércio de subsistência, de animação do centro da cidade, de conforto dos cidadãos, de oportunidades para os agentes económicos da cidade enfrentarem a crise que no concelho é já tremenda. Por sobre tamanha insídia, a actual direcção da Associação Comercial foi conivente, nas habituais vénias pessoais ao poder, atraiçoando aqueles que são a sua razão de existir.
Nestes cinco anos, os comerciantes esbulhados não estiveram sós. O Partido Socialista lutou ao lado deles e por amor a eles, a nossa candidatura afirmou desde a primeira hora o combate ao abuso de poder – e, acima de tudo, os melhores cidadãos mantiveram-se firmes no protesto. E venceram.
Provaram todos, afinal, que o melhor que o Fundão tem são os fundanenses.